sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Observatório do negro - Dica útil para a próxima aula

observa

Artigos e subsídios para estudos estão disponíveis no "Observatório da População Negra", um banco de dados com informações sobre o mercado de trabalho para a população negra, distribuição de renda, demografia, acesso à informação, habitação, estrutura familiar e educação, entre outras.
A iniciativa conjunta da Faculdade Zumbi dos Palmares e das Secretarias de Assuntos Estratégicos (SAE) e de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) da Presidência da República prevê esforços para a criação de dois compêndios estatísticos, um referente à situação da população negra no Brasil e outro que terá como base as realizações desse grupo populacional. Além disso, o observatório monitorará as políticas de promoção da igualdade racial do país. Vale a pena conhecer e utilizar o conteúdo para promover debates em sala de aula. Saiba mais acessando: www.observatoriodonegro.org.br.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Jornal Mural - 10 anos da Lei Federal n° 10639 - Essa história nós estamos construindo!


Editorial

Vimos passar o período colonial, o império, a república, o regime militar, a nova república. Mas em todo o resgate brasileiro pouco ainda se conhece sobre a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil.
A escravidão enfrentada pelo povo africano em terras brasileiras, a absorção de parte da cultura daquele povo, são temas que precisam ser debatidos para compreender nosso próprio contexto na história do país.
A dança, a comida, o linguajar e costumes fazem parte do nosso dia-a-dia, mesmo após tantas gerações do início da migração africana. Ignorar esta parte da história é algo que não podemos viver na comunidade escolar.
Construímos juntos esse resgate em 2009, quando iniciamos o projeto Mama África, em que cerca de 500 projetos voltados à questão foram desenvolvidos em Mato Grosso, e quando em 2011 criamos o coletivo Diversidade Étnico-Racial que tem promovido ao longo dos anos discussões em seminários, congressos, fóruns e no Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial (Cepir).
Em 2003 obtivemos a sanção da lei nº 10.639 que prevê a obrigatoriedade de incluir no currículo pedagógico esta parte da história, depois as Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação etnico-racial e para o ensino de História e Cultura Afro Brasileira e Africana, aprovadas em 2004. De lá para cá, passaram-se 10 anos da lei federal,  e não podemos deixar que esse tema pereça no papel. Consciência negra nas nossas escolas já!

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Trabalhador negro ganha 36% menos que o não negro, diz estudo do Dieese

QUADRO

A pesquisa 'Os negros nos mercados de trabalho metropolitanos' foi feita nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo. O estudo destaca que a desvantagem registrada entre a remuneração de negros e não negros é pouco influenciada pela região analisada, horas trabalhadas ou setor de atividade da economia.
"Em qualquer perspectiva, os negros ganham menos do que os brancos", avalia a economista Lucia Garcia, coordenadora de pesquisa sobre emprego e desemprego do Dieese, em entrevista à Globo News. "O que observamos é que a progressão na educação melhora a educação da população negra, mas não extingue a desigualdade. Encontramos mais desigualdades no ensino superior completo."
A pesquisadora mostra que nas áreas metropolitanas, os negros correspondem a 48,2% dos ocupados, mas, em média, recebem por seu trabalho 63,9% do que recebem os não negros. Entre os trabalhadores com nível superior completo, a média de rendimentos por hora é de R$ 17,39 entre os negros, e de R$ 29,03 entre os não negros. Veja o quadro:
 'O trabalhador negro encontra dificuldades ao longo de toda a sua vida profissional", avalia a pesquisadora. "Desde o momento de conseguir um emprego até nas oportunidades para progredir na carreira.' Segundo a pesquisa do Dieese, na Região Metropolitana de São Paulo, enquanto 18,1% dos trabalhadores não negros alcançam cargos de direção, apenas 3,7% dos negros atingem esta função de chefia.
A pesquisa aponta ainda que os negros se concentram nas ocupações de menor prestígio e valorização como pedreiros, serventes, pintores, caiadores e trabalhadores braçais na construção, faxineiros, lixeiros, serventes, camareiros e empregados domésticos.
O Dieese diz que as políticas de ação afirmativa como as cotas raciais nas universidades ajudam a dar mais oportunidades de trabalho e estudos para a população negra, mas será necessário a criação de cotas nas empresas para que este público seja efetivamente atendido.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Leia o Jornal Mural do Dia da Consciência Negra 2013

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) se empenha para promover, por meio da educação pública de qualidade, a igualdade social e, assim, ajudar no combate à discriminação e ao preconceito racial - que desequilibram a sociedade e se refletem na violação de direitos e na falta de oportunidades que o brasileiro negro, infelizmente, enfrenta no mercado de trabalho.
A CNTE acredita que a sala de aula é um dos ambientes ideais para mudar esse cenário. Se na escola a criança aprende e vivencia a igualdade, sem estereótipos e desinformação, o processo educacional vai contribuir para alcançarmos a cidadania plena e democrática para todas as raças. Entretanto, é preciso reconhecer que falta muito para chegar lá.
Os negros - pretos e pardos, conforme classificação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - têm rendimento inferior, menos anos de estudo, piores condições de vida e estão mais sujeitos à violência do que a população de pele clara. Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2010 revelam que 51% da população é negra, enquanto o Censo Demográfico do mesmo ano revela que os brancos ganham o dobro e dominam o ensino superior no país. Os negros representam apenas 20% dos brasileiros que ganham mais de dez salários mínimos. A população negra também representa apenas 20% dos brasileiros que chegam a fazer pós-graduação no país. A chamada ‘minoria’ hoje é a maioria. Promover a igualdade é uma questão de justiça.
Clique aqui para baixar o arquivo do Jornal Mural do Dia da Consciência Negra 2013.