terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Discriminación y por el Buen Vivir realizada en Brasilia
Hijas, madres, abuelas, parteras, ministras, académicas, activistas, trabajadoras domésticas y una gran diversidad de mujeres llegaron de todo el país para visibilizar la doble discriminación que enfrentan las mujeres afrodescendientes en Brasil, por motivos de género y el color de su piel.

Aproximadamente 48 millones mujeres negras constituyen la mitad de la población femenina de Brasil, sin embargo de las casi 13 millones de familias atendidas por el programa Bolsa Familia, el 70 por ciento son encabezadas por una mujer afrodescendiente. La presencia de mujeres negras en puestos directivos de las empresas es prácticamente inexistente y de acuerdo con el Mapa de Violencia 2015 ha incrementado en un 54 por ciento los asesinatos de esta población, en un periodo de 10 años. Atender sus necesidades específicas resulta inaplazable para alcanzar la igualdad de género y el empoderamiento de las mujeres en Brasil.

 La Directora Ejecutiva de ONU Mujeres Phumzile Mlambo-Ngcuka habló en la Marcha de las mujeres negras en Brasil el 18 de noviembre. Foto: ONU Mujeres/Bruno SpadaDurante la marcha, la Sra. Mlambo-Ngcuka se encontró con mujeres de la Irmandade de la Boa Muerte (Hermandad de la Buena Muerte), algunas de ellas casi centenarias, cuya existencia y lucha está vinculada desde el siglo XIX, a la abolición de la esclavitud y la preservación de la cultura de las descendientes de esclavas africanas emancipadas.

Al lado de las Ministra de las Mujeres, Igualdad Racial y los Derechos Humanos, Nilma Gomes; la Secretaria Especial de Políticas para las Mujeres, Eleonora Menicucci; la Diputada Federal Benedita da Silva; activistas y la única interprete profesional negra en el país, la Directora Executiva reforzó el compromiso de ONU Mujeres con alcanzar plenos derechos y el empoderamiento de todas las mujeres del mundo. “Su luchas es nuestra lucha. La lucha de ONU Mujeres es la suya” aseguró la Sra. Mlambo-Ngcuka.

Al finalizar, la Directora Ejecutiva se reunió con mujeres representantes del grupo organizador de la Marcha, miembros del grupo asesor de la sociedad civil de ONU Mujeres en Brasil y representantes de mujeres indígenas provenientes de localidades remotas, incluyendo Xingu en la amazonia brasileña. La conversación giro, no solo en torno a los retos de las mujeres dentro de sus sociedades y la violencia urbana, institucional y cotidiana que enfrentan las mujeres, sino también en su relevancia para la conservación y protección del planeta.

 Durante su visita a Brasil la Directora Ejecutiva de ONU Mujeres se reunió con la Presidenta de Brasil, Dilma Rousseff. Foto: ONU Mujeres/Bruno SpadaDurante el diálogo la Sra. Mlambo-Ngcuka resaltó la importancia de la revisión que se hizo este año sobre los avances y retos para la igualdad de género, en el marco del 20º Aniversario de la Declaración y Plataforma de Acción de Beijing, la cual dio información clara para ayudar a trazar la estrategia y abordar los innumerables desafíos pendientes. También resaltó la oportunidad que los recién adoptados Objetivos de Desarrollo Sustentable (ODS) presentan para transformar los factores estructurales que amplían persistentemente las desigualdades de género, incluyendo cambios culturales enraizados en la base de la discriminación y la violencia.

En su encuentro con la Presidenta Dilma Rousseff, se abordó la relación de ONU Mujeres con Brasil y el rol que desempañará Brasil como Presidente de la 60ª sesión de la Comisión de la Condición Jurídica y Social de la Mujer, la primera después de la aprobación de los ODS, que se celebrará en marzo de 2016 en Nueva York. La Directora Ejecutiva expresó su confianza en Brasil para marcar el liderazgo en la agenda de los demás países del mundo para la implementación de los ODS en favor de las mujeres.

Al finalizar el primer día de la visita oficial, la monumental antena de televisión y el Museo de la República, ambos sitios icónicos en la ciudad de Brasilia, se iluminaron para dar inicio a la campaña “Pinta el Mundo de Naranja” en el marco de los 16 días de activismo contra la violencia de género.

http://www.cnte.org.br/index.php/comunicacao/noticias/15749-educadoras-reforcam-marcha-das-mulheres-negras.html?fb_ref=Default





  Educadoras reforçam marcha das mulheres negras

Com roupas e turbantes coloridos, muita música e dança, cerca de 25 mil pessoas participaram hoje (18/11), em Brasília, da 1ª Marcha Nacional das Mulheres Negras, para protestar contra o racismo e a violência. O ato, que saiu do Ginásio Nilson Nelson em direção à Praça dos Três Poderes, exige do Poder Público políticas que promovam equidade racial e de gênero.

Violência - O último censo do IBGE aponta que as mulheres negras representam 25,5% da população brasileira, ou seja, 48,6 milhões de pessoas. De acordo com o Mapa da Violência, estudo feito pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), a pedido da ONU Mulheres e divulgado no início do mês de novembro, os casos de homicídio envolvendo mulheres negras cresceram 54,2% entre 2003 e 2013, passando de 1.864 para 2.875. No mesmo período, o número de ocorrências envolvendo mulheres brancas caiu 9,8% (de 1.747 para 1.576).

Segundo a ministra Nilma Lino Gomes, da pasta das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, que participou da manifestação, a marcha é um momento importante para as mulheres negras trazerem suas reivindicações e para avaliação dos avanços e dos desafios que existem pela frente: "O mapa da violência nos mostra que temos ainda muito que superar, em relação ao sexismo e ao racismo no País. E esse é um papel do governo e da sociedade como um todo".

Racismo na escola - A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação também esteve presente. Educadores de todo o Brasil se uniram à luta das mulheres e incluíram na pauta de empoderamento o esforço em fazer valer a lei 10.639/03, que torna obrigatório o estudo sobre a cultura e história afro-brasileira e africana, garantindo educação pública de qualidade e antirracista para todos.

A secretária de combate ao racismo da CNTE, Ieda Leal, esteve à frente do movimento e destacou o papel da educação no enfrentamento ao racismo: "Esta é uma aula de cidadania e nós vamos fazer a diferença. Nós queremos que as mulheres negras e os nossos filhos tenham os direitos absolutamente respeitados. Racismo é crime e tem que ser punido. A educação tem a tarefa de conscientizar a sociedade de que não podemos aceitar que se discrimine alguém pela cor da pele. O Brasil merece ser um país melhor e para isso é preciso respeitar o povo negro".

Desrespeito - Durante a marcha, dois policiais - que estão no acampamento que pede o impeachment da presidenta Dilma e a volta do regime militar - ameaçaram integrantes do movimento e dispararam tiros. Entretanto, o tumulto não foi suficiente para dispersar a marcha, que seguiu de volta ao ginásio, para o encerramento da programação, com um show das “Mulheres Negras pelo Bem Viver”.

Veja mais fotos no Facebook da CNTE e confira a reportagem da TV CNTE.


segunda-feira, 30 de novembro de 2015

CNTE apoia 16 dias de ativismo contra a violência



O movimento “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres” foi criado em 1991, em reunião do Centro de Liderança Global de Mulheres, ligado à Organização das Nações Unidas (ONU), com a seleção de datas históricas a partir de 25 de novembro (Dia Internacional de Não Violência Contra as Mulheres) até 10 de dezembro (Dia Internacional dos Direitos Humanos).

No Brasil, os movimentos feministas assumiram e anteciparam o início da campanha para o dia 20 de novembro (Dia da Consciência Negra). Assim, aqui são 20 dias de Ativismo pelo fim da violência de gênero.

O objetivo é estimular denúncias e garantir punições aos agressores e, principalmente, promover a redução dos casos de violência - em 2015, o serviço Ligue 180 recebeu 63.090 denúncias de violência, sendo 58,55% contra mulheres negras. Do total, 49,82% corresponderam a violência física.

A secretária de Relações de Gênero da CNTE, Isis Tavares, lembra que em 2016 serão 10 anos da Lei Maria da Penha e destaca o papel da escola no combate à violência: ” Os trabalhadores em educação devem explicar a importância da lei e inserir o tema nas aulas”. Segundo ela, é papel do educador contribuir para mudar a situação de violência: “Nós, trabalhadores em educação, temos um espaço privilegiado para tratar sobre isso com aquela parte da população que sofre todas as consequências da violência em casa. É um momento em que os trabalhadores precisam conversar com os alunos, fazer trabalhos, colocar isso nos temas transversais, chamar a atenção para que a convivência entre as pessoas seja algo pacífico, com respeito entre homens e mulheres, à diversidade. Nós podemos dar um basta na violência, trabalhando com a educação.  A CNTE faz esse apelo para que possamos tratar o tema de forma mais contundente dentro da escola e contribuir para a melhoria das relações e para termos uma sociedade melhor”. 

Comissão no Congresso - O Congresso Nacional criou a Comissão Permanente Mista de Combate à Violência contra a Mulher, que, em parceria com a Procuradoria da Mulher do Senado e a Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados, montou uma programação para a campanha dos 16 Dias de Ativismo. A proposta é manifestar o compromisso dos parlamentares na luta de combate a violência contra a mulher, impedindo retrocessos em suas conquistas, ameaçada nos últimos tempos pelo conservadorismo do Congresso.

Veja quais são as datas lembradas pela campanha:

(No Brasil) 20 de novembro - Dia Nacional da Consciência Negra

25 de novembro - Dia Internacional da Não Violência Contra as Mulheres:  marca o assassinato brutal de três irmãs ativistas políticas que lutaram contra a ditadura de Rafael Leônidas Trujillo, na República Dominicana, entre os anos de 1930 e 1961.

29 de novembro - Dia Internacional dos Defensores dos Direitos da Mulher: reconhecimento dos que lutam pelos direitos humanos e defendem os direitos das mulheres e militantes lésbicas, gays, bissexuais e transgênicos (LGBT).

01 de dezembro - Dia Mundial de Combate à AIDS: data de mobilização para conter o avanço da AIDS e combater o preconceito contra os portadores de HIV.

06 de dezembro - Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres:  dia de sensibilização dos homens à não violência, marcado pelo massacre de 1989, no Canadá, quando Marc Lepine invadiu armado uma sala de aula da Escola Politécnica, ordenou a saída dos homens e assassinou 14 mulheres, pois não aceitava a ideia de que elas estudassem Engenharia.

10 de dezembro - O Dia Internacional dos Direitos Humanos: em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos foi adotada pelas Organizações das Nações Unidas como resposta à barbárie praticada pelo nazismo contra judeus, comunistas e ciganos, e ainda às bombas atômicas lançadas pelos Estados Unidos sobre Hiroshima e Nagasaki, matando milhares de inocentes.

CNTE

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Vem aí o Dia do Cinema Xavante em Nova Xavantina: 18 de novembro na Unemat

Por Maíra Ribeiro/Funai Nova Xavantina

O cinema tem o poder de nos levar a experimentar novas vivências, sem precisarmos sair de onde estamos. Nessa certeza, o Dia do Cinema Xavante fará exibição de filmes sobre os povos indígenas e particularmente o povo Xavante para trazer informações, sensações e debate para a população xavantinense, em especial os moradores indígenas e os estudantes universitários. Afinal, um passo importante para quebrar o preconceito é conhecer o outro.

O Dia do Cinema Xavante acontecerá na quarta-feira, 18 de novembro de 2015, em Nova Xavantina. O evento é gratuito e aberto a toda a população. A partir das sete da noite no auditório da Unemat, serão exibidos três documentários, seguidos por um bate-papo com os realizadores desses filmes. Está previsto um ônibus da Secretaria Municipal de Educação para transportar os estudantes indígenas da cidade para participarem do evento.

“Índios no Poder” é o documentário recém-lançado de Rodrigo Arajeju e discute a representação parlamentar indígena. Em seguida, será exibido “Uma Casa Uma Vida”, de Raiz das Imagens, documentário que discute a habitação xavante ao mesmo tempo que registra uma experência de bioconstrução em duas aldeias xavante. Por fim, será exibido o filme” Tso’hipãri – Sangradouro”, que conta a história da Terra Indígena Sangradouro a partir da perspectiva do povo Xavante. Este último filme foi dirigido pelo cineasta Xavante Divino Tserewahu, que estará presente no evento contando sua trajetória, juntamente com Rodrigo Arajeju e Alexandre Lemos, produtor do filme “Uma Casa Uma Vida”. Os realizadores falarão um pouco sobre a ferramenta audiovisual, suas experiências, perspectivas e sobre os temas dos filmes produzidos.

O  Dia do Cinema Xavante é uma realização da Coordenação Técnica Local em Nova Xavantina da Funai, com apoio do campus de Nova Xavantina da Unemat e da Secretaria Municipal de Educação. O evento faz parte do projeto “Cinema nas Aldeias Xavante: ver, ouvir e debater”, da Funai, que promove sessões de cinema itinerante nas aldeias das Terras Indígenas Parabubure e Ubawawe e conta com o apoio do Museu do Índio/Funai.

Confira a programação completa:

cartaz filmes

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Basta de tirania parlamentar
A sociedade não vai tolerar a ditadura de interesses de uma minoria eleita por transações políticas e financeiras sob judice. Não à PEC 215!

Andrea Jakubaszko

Programa de Direitos Indígenas da OPAN


A OPAN luta desde 1969, em pleno regime militar, pelos direitos humanos e das minorias étnicas em favor da consolidação de um Estado democrático e pluricultural. Essa luta histórica de muitos brasileiros e brasileiras anônimos e ilustres alcança seu ápice na Constituição Federal (CF) de 1988. Ela rege e preconiza os papéis e deveres de Estado para com estes povos originários e diversas comunidades tradicionais que configuram a gênese da sociedade brasileira.

Para além da importância do reconhecimento das terras indígenas e quilombolas para os patrimônios culturais, ambientais e históricos da União, que são fato consumado e sacramentado na Carta Magna do país, não há nenhum jurista que possa, em sã consciência, aceitar que a atribuição de demarcações de terras da União esteja na esfera legislativa, posto que não pairam dúvidas sobre se tratar de ato administrativo de competência executiva com base no reconhecimento legal e político já estabelecido deste direito.

Seria menos impactante se esta manobra infantil e irresponsável de determinados parlamentares tentasse suprimir de vez os artigos 215 e 216 da CF1988. Porém, sabem que sem poder para isso, encomendam de advogados do terceiro escalão um parecer inconsistente tentando forçar uma situação que seria trágica se não fosse patética.

A sociedade brasileira, incluindo os setores produtivos ambientalmente responsáveis, movimentos sociais, entidades de classes, intelectuais e sociedade civil organizada, não está disposta a tolerar a ditadura de interesses agrários e econômicos de uma minoria eleita por transações políticas e financeiras sob júdice. Além de não representarem os interesses nacionais, julgam-se acima de qualquer Carta Magna, acima da vontade do povo brasileiro.

Se uma significativa parcela da imprensa mal formada do país não dá a devida cobertura ao escândalo do genocídio em Mato Grosso em Sul, isso não tem importância diante da atenção que as Cortes e a imprensa internacional dão ao caso. Seu descaso e despreparo para abordar a temática também é irrelevante mediante o ibope das redes sociais que em meia hora no último dia 22 de outubro atingiu o topo no ranking dos dez assuntos mais falados no país, onde os brasileiros dizem em massa:  #PEC 215 NÃO.

O direito à memória e à verdade é um processo recente no Brasil, mas deste direito deriva a certeza de que manobras como essas estão fadadas ao fracasso na história contemporânea de um país que para reafirmar sua potência global não tem como prescindir de suas matrizes culturais e ambientais na diversificação de suas possibilidades técnicas e econômicas.

O direito à verdade e à diversidade é irrevogável e os parlamentares que se opõem à vontade popular e aos direitos já consagrados devem temer pelas consequências de seus atos.

OPAN - OPERAÇÃO AMAZÔNIA NATIVA

 

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Bahia é primeiro estado a aderir à Década Internacional de Afrodescendentes da ONU

Para ministra, década Internacional de Afrodescendentes é estratégia para fim do racismo
Escrito por: UNFPA

A Bahia é o primeiro estado brasileiro a aderir à Década Internacional de Afrodescendentes promovida pelas Nações Unidas. O governador da Bahia, Rui Costa, e a secretária de Promoção da Igualdade Racial, Vera Lúcia Barbosa assinaram decreto que criou a Década Estadual Afrodescendente na segunda-feira (21). O evento contou com a presença da ministra da SEPPIR, Nilma Lino Gomes, entre outras autoridades.

Nele foram acordadas iniciativas de intercâmbio entre professores brasileiros e moçambicanos e a criação de um Grupo de Trabalho para cooperar na elaboração do plano de ação para o desenvolvimento de atividades no Estado. A estratégia é firmar compromisso com a inclusão social e redução das desigualdades raciais.

Ainda, em cerimônia, O município de Salvador aderiu ao Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Sinapir) na terça-feira (22), que faz parte da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (SEPPIR/PR). O projeto visa a implementar políticas para enfrentar a desigualdade racial. A assinatura reforçou o trabalho já realizado pela cidade na atuação contra o racismo.

O encontro ressaltou a importância da Década Internacional de Afrodescendentes promovida pela ONU e também contou com a presença de Nilma Nilo Gomes, do prefeito Antônio Carlos Magalhães Neto, o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e o Fundo das Nações Unidas Para a Infância (UNICEF).

Para Nilma Lino Gomes, o Sinapir é resultado de um “processo histórico de luta e inovação da política brasileira.” A ministra destacou a Década Internacional de Afrodescendentes como estratégia para a promoção da igualdade e avanços no desenvolvimento do país a partir de três dos seus eixos importantes “a justiça, o reconhecimento e o desenvolvimento”, acrescenta.

 

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Mulheres negras mostram empoderamento na 1° Marcha do Orgulho Crespo




Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, mulheres negras, homens negros e crianças participaram da a 1º Marcha dos Cabelos Crespos neste domingo (26) no vão do Museu de Arte de São Paulo, na capital paulista.

O evento foi marcado pelo Facebook com objetivo de mostrar a importância da cultura negra e valorização dos cabelos crespos e afro. A data do 25 de julho foi instituída em 1992 para reconhecer a luta das mulheres negras no continente.

No vão do Masp, os manifestantes fizeram uma roda de conversa onde relataram suas experiências, rejeição e preconceito por parte da sociedade por usar cabelo crespo, black, encaracolado ou trança.

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Fórum das Mulheres Negras de MT realiza a 1ª Conferência Livre de Saúde da População Negra









O Fórum das Mulheres Negras de MT realiza dia 16 de julho, às 18 horas,  a 1ª Conferência Livre de Saúde da População Negra "Vida Longa com Saúde e sem Racismo". O evento que tem apoio da subsede do Sintep Cuiabá será no auditório do Sindicato. Os interessados pode se inscrever pelo endereço eletrônico mulheresnegras@gmail.com

Serviço
O quê - 1ª Conferência Livre de Saúde da População Negra
Quando - 16.07.2015, às 18h
Onde - Auditório do Sintep-MT (Rua Mestre João Monge Guimarães - bairro Bandeirantes)

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Cada vitória de Serena Williams vem acompanhada de racismo e sexismo revoltantes

Texto de Jenée Desmond-Harris. Publicado originalmente com o título: ‘Every Serena Williams win comes with a side of disgusting racism and sexism’ no site Vox.com em 07/06/2015. Tradução de Bia Cardoso para as Blogueiras Feministas.

Serena Williams derrotou Lucie Safarova ao ganhar o Aberto da França no último sábado. Seu prêmio, pelo menos nas redes sociais, veio na forma de comentários racistas e sexistas que a perseguem por toda sua carreira.

Durante o tempo de sua vitória, Serena foi comparada a um animal, comparada a um homem e considerada assustadora e horrivelmente pouco atraente. Um usuário do Twitter escreveu que Williams “parece um gorila e soa como um gorila quando resmunga ao bater a bola. Concluindo, ela é um gorila”. E outra pessoa a descreveu como “tão incrivelmente dominante … e viril”. O comentarista esportivo da ESPN, Bomani Jones respondeu a essas reações — assim como aquelas que consideram esse tipo de comentário uma opinião baseada apenas no gosto pessoal — com uma série de tweets.

quarta-feira, 3 de junho de 2015



Planos Municipais de Educação devem contemplar as questões das diversidades




Os educadores e as educadoras de Mato Grosso devem estar atentos para que seja contemplado nos Planos Municipais de Educação (PME) as construções de práticas educacionais associadas a questões da diversidades (gênero, raça, religião). A atenção é necessária para que se consiga ao longo dos próximos dez anos garantir, por meio de práticas democráticas, assegurar os direitos de todos e todas e superar as todas as formas de discriminação.
Recentemente foram apresentados relatos de educadores dos municípios de Mato Grosso retratando conflitos com segmentos fundamentalistas que se recusavam a garantir na elaboração do texto do PME, termos e propõem ações que visam a redução da desigualdade social. Essas pessoas, orientadas por ideologias religiosas, querem impedir a implantação no currículo escolar de práticas de redução da desigualdade, para a inclusão da população LGBT, das mulheres, dos negros, dos indígenas, entre outros.
Os Planos são documentos elaborados com objetivo de universalização do direito a educação. Neles não devem ter espaço os conflitos de interesses ideológicos religiosos, tendo m vista que o Brasil é um Estado laico, conforme a Constituição Federal em seu artigo 5º. Ações retrógradas como as manifestadas através do preconceito atrapalham, destoem a Democracia, retardam o avanço de políticas públicas que visem o fim das desigualdades sociais.
O Sintep-MT relacionou alguns documentos para servir de base para que se faça a discussão entre os grupos, nas escolas e com as comunidades. Confira! https://goo.gl/GrDSAb; https://goo.gl/nq0fmC; https://goo.gl/oK521J; https://goo.gl/C9WPK4; https://goo.gl/KUC8t3;

terça-feira, 26 de maio de 2015

 CNTE tem representação em comissão do MEC contra o racismo nas escolas


A CNTE tomou posse na Comissão Técnica Nacional de Diversidade para Assuntos Relacionados à Educação dos Afro-brasileiros do MEC. A CADARA é formada por 34 representantes do governo e da sociedade civil e é a segunda vez que a CNTE participa. O objetivo é elaborar, acompanhar e avaliar políticas públicas educacionais para garantir o cumprimento da Lei 10.639, que torna obrigatório o ensino de história e cultura afro, e promover o combate ao racismo na escola. A secretária de Combate ao Racismo da CNTE, Iêda Leal, lembrou que hoje, dia 25, é o dia da Africa e reforçou o papel dos membros de regionalizar o tema. "Não estamos começando nada, precisamos continuar uma luta histórica. E vamos fazer isso nas escolas. Temos uma representatividade nacional, é um trabalho coletivo”.

A CADARA analisa as Diretrizes para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino da História e Cultura Afro-brasileira e Africana, aprovadas pelo Parecer CNE/CP nº 03/2004 e homologadas pela Resolução CNE/CP nº 01/2004.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Afrobetizar a educação no Brasil



No morro do Cantagalo, no Rio de Janeiro, a psicóloga Vanessa Andrade ouvia com frequência: “Ai tia que cabelo feio” ou então “tia bruxa”. Essa era a reação dos pequenos quando ela passava pelas ruas com seu cabelo afro. Segundo Andrade, isso ocorria porque essas crianças estavam desacostumadas a enxergar a beleza presente no jeito negro de ser. “Isso me doía muito, mas ao mesmo tempo me convocava para uma missão maior de tentar mudar o pensamento dessas crianças”, conta a psicóloga e coordenadora do projeto Afrobetizar.

Quando se trata de identidade, as escolas brasileiras são monocromáticas nos livros e nas histórias. Nossa educação não possibilita que alunos negros encontrem seu caminho e conheçam o lado verdadeiro da vida e da cultura africana presente de forma intensa no Brasil. Com a finalidade de mostrar que outra pedagogia é possível, Andrade iniciou um trabalho intenso de transformação social no Cantagalo.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015


Coletivos da CNTE planejam ações para 2015


Nesta terça-feira (24), os coletivos da CNTE de gênero, antirracismo Dalvani Lelis, saúde e funcionários estão reunidos em Brasília (DF) para debater a agenda de ações para o ano de 2015 e trocar experiências.

Mulheres
O coletivo de gênero abordou o II Encontro de Formação e a 4ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres. “Foi debatido principalmente o momento em que vivemos de ataques à democracia, à necessidade de se defender e manter a democracia, e como que a gente consegue fazer com que as políticas para mulheres não só avancem mas também sejam implementadas”, destacou a Secretária de Relações de Gênero Isis Tavares. Para ela, o II Encontro de Formação será um momento importante pra falar sobre a necessidade de se ter mais mulheres na política e no próprio movimento sindical.

A Reforma Política também foi um ponto debatido: “As mulheres precisam se empoderar e defender a democracia conquistada até agora, para que não haja nenhum retrocesso. Uma reforma política democrática, com coalizão dos movimentos sociais e participação da CNTE, é fundamental”, sintetizou Isis Tavares.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015


Rede Globo: O racismo “Tá no Ar” ou “Quer açoitar quantos?”

Escravas_Bahia
“Interrompemos esse programa para apresentar um comercial do século XIX:
Extra, extra, atenção! Não compre escravo hoje!
É que amanhã é dia de mega promoção aqui nas “Escravas Bahia”.
Cabindas, Guinés, Angolas! O Feitor ficou maluco!
Quer açoitar quantos?
É isso mesmo! Compre dois escravos de engenho e leve uma ama de leite inteiramente grátis!
Venha conhecer novas filias: Pelourinho e Pedra do Sal!
Escravas Bahia: Servidão total pra você!”



Por Douglas Belchior

Esse foi o roteiro interpretado por Marcius Melhem, em um quadro do programa “Tá no Ar”, que foi ao ar na última quinta-feira (12/02) pela Rede Globo, em que os atores “brincam com comerciais de TV”.
Já abordamos várias vezes neste Blog o debate sobre os limites do humor, aliás, assunto recorrente. Só para citar um dos casos, lembro o infeliz “Baú do Baú do Fantástico”, de novembro de 2013, quando Bruno Mazzeo dá vida a um repórter que faz a cobertura da abolição da escravidão no Brasil. Triste!
Preciso aqui repetir o “clichê” – verdadeiro à meu ver -, de que a rede globo de televisão é sim produtora de conteúdos ideologicamente comprometidos, sempre a serviço de determinados interesses políticos e econômicos e que sua arte, na maioria das vezes, tem sempre a intencionalidade de reforçar estigmas, estereótipos e valores, tudo isso com dois intuitos fundamentais: vender produtos de seus anunciantes e formar a opinião coletiva.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

OAB cria Comissão Nacional da Verdade sobre a Escravidão

Agência Brasil -  Resgatar a história da população negra no Brasil, inclusive as atrocidades cometidas à época da escravatura, para fazer sugestões de políticas públicas e ações afirmativas para construir uma igualdade plena no pais. Esse é o objetivo da Comissão Nacional da Verdade sobre a Escravidão Negra criada pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados Brasil (OAB).

Inspirado na Comissão Nacional da Verdade que investigou o período da ditadura no Brasil, o grupo composto por 57 membros – 10 advogados, 35 consultores e 15 convidados do judiciário e Ministério Público – terá prazo de dois anos para concluir o trabalho. A expectativa é que um relatório parcial das atividades seja divulgado no final de 2015, já o documento final está previsto para dezembro de 2016.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

No Nordeste, jovens   negros têm 5 vezes mais chances de morrer
Os piores índices do país foram registrados na Paraíba – com risco de morte 13,4 vezes maior para negros -, seguida de Pernambuco (11,5) e Alagoas (8,7)
Uma pesquisa realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a pedido da Unesco e da Secretaria-Geral da Presidência da República, revelou que um jovem negro possui risco de morte 2,5 vezes maior do que um jovem branco no Brasil. O Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência e Desigualdade (IVJ 2014) mostrou também que, no Nordeste, esse número pode ser ainda mais alarmante. Lá, o jovem negro tem 5 vezes mais chances de morrer.
Os piores índices do país foram registrados na Paraíba (com risco de morte 13,4 vezes maior para negros), Pernambuco (11,5), Alagoas (8,7), Distrito Federal (6,5) e Espírito Santo (5,9). Os menores números foram encontrados em Tocantins (1,8), Rio Grande do Sul (1,7), São Paulo (1,5), Santa Catarina (1,4) e Paraná (0,7). Este último é o único estado em que o jovem branco tem proporcionalmente mais chance de ser alvo de homicídio do que um negro.
O levantamento foi baseado no banco de dados do Sistema Único de Saúde (SUS) de 2012 e teve como referência as taxas de homicídios de pessoas de 12 a 29 anos, confirmando a influência da desigualdade racial no resultado da violência. A pesquisa aponta que, de quase 30 mil jovens assassinados em 2012, 76,5% eram negros. De 2007 a 2012, o total de homicídios de jovens brancos caiu 5,5%, enquanto o de negros subiu 21,3%.
Para Tâmara Terso, do Movimento Negro Unificado da Bahia (MNU-BA), o estudo constatou uma realidade bastante presente nas cidades brasileiras, principalmente em locais de maior vulnerabilidade social. “O discurso contra a violência é focada na ‘guerra às drogas’, que na verdade é uma guerra contra as pessoas da periferia. É fundamental mudar as políticas de segurança pública. Como jovem negra, se eu saio na rua, não sei se volto para casa”, ressalta.
Por Maíra Streit
Portal Fórum