quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

No Nordeste, jovens   negros têm 5 vezes mais chances de morrer
Os piores índices do país foram registrados na Paraíba – com risco de morte 13,4 vezes maior para negros -, seguida de Pernambuco (11,5) e Alagoas (8,7)
Uma pesquisa realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a pedido da Unesco e da Secretaria-Geral da Presidência da República, revelou que um jovem negro possui risco de morte 2,5 vezes maior do que um jovem branco no Brasil. O Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência e Desigualdade (IVJ 2014) mostrou também que, no Nordeste, esse número pode ser ainda mais alarmante. Lá, o jovem negro tem 5 vezes mais chances de morrer.
Os piores índices do país foram registrados na Paraíba (com risco de morte 13,4 vezes maior para negros), Pernambuco (11,5), Alagoas (8,7), Distrito Federal (6,5) e Espírito Santo (5,9). Os menores números foram encontrados em Tocantins (1,8), Rio Grande do Sul (1,7), São Paulo (1,5), Santa Catarina (1,4) e Paraná (0,7). Este último é o único estado em que o jovem branco tem proporcionalmente mais chance de ser alvo de homicídio do que um negro.
O levantamento foi baseado no banco de dados do Sistema Único de Saúde (SUS) de 2012 e teve como referência as taxas de homicídios de pessoas de 12 a 29 anos, confirmando a influência da desigualdade racial no resultado da violência. A pesquisa aponta que, de quase 30 mil jovens assassinados em 2012, 76,5% eram negros. De 2007 a 2012, o total de homicídios de jovens brancos caiu 5,5%, enquanto o de negros subiu 21,3%.
Para Tâmara Terso, do Movimento Negro Unificado da Bahia (MNU-BA), o estudo constatou uma realidade bastante presente nas cidades brasileiras, principalmente em locais de maior vulnerabilidade social. “O discurso contra a violência é focada na ‘guerra às drogas’, que na verdade é uma guerra contra as pessoas da periferia. É fundamental mudar as políticas de segurança pública. Como jovem negra, se eu saio na rua, não sei se volto para casa”, ressalta.
Por Maíra Streit
Portal Fórum

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Menino de dez anos dá aula sobre integridade racial

por Redação da RBA 

O Projeto Leituraço, realizado desde o último dia 3 pela Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, propôs maior reflexão para a sociedade a respeito de suas raízes, neste mês em que se comemora o Dia da Consciência Negra (20) em alguns municípios. Até amanhã (14), quando termina o projeto, 800 mil alunos de 1.462 escolas de educação infantil e de ensinos fundamental e médio terão realizado leituras simultâneas de obras africanas e afro-brasileiras.

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Jornal Mural: Dia da Consciência Negra 2014

 Racismo é crime. No mês da Consciência Negra, a CNTE quer lembrar o papel da escola no combate à discriminação. Leia mais no Jornal Mural e clique aqui para abrir o arquivo em pdf. 


terça-feira, 16 de setembro de 2014

Discriminação sofrida pelos negros no Brasil precisa ser combatida, diz ONU

Apesar dos avanços trazidos pela legislação e ações para combater o racismo, a discriminação sofrida pelos afrodescendentes no país precisa ser combatida com mais medidas acredita o Grupo de Trabalho das Nações Unidas sobre Afrodescendentes. A equipe esteve no Brasil em dezembro do ano passado e avaliou diferentes aspectos relacionados ao racismo existentes no país.

Educação, cultura, violência, acesso à Justiça e emprego foram alguns dos aspectos observados pelos integrantes da equipe, que se reuniu tanto com autoridades como com a sociedade civil. Os resultados foram apresentados em um relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU).

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Movimento negro mostra força em marchas contra violência policial

por Joseh Silva, especial para a RBA

O racismo é internacional. A gente quer mudar o mundo. Enquanto o homem negro e a mulher negra não alcançar a sua condição humana, ninguém será livre. Então, pelo fim do racismo: Segunda Marcha Internacional contra o Genocídio do Povo Negro. Porque são várias formas de nos matar. Há várias formas de resistir também”, quem discursa no microfone ligado ao carro de som é Beatriz Lourenço 22 anos, moradora do Aricanduva, zona leste de São Paulo, e integrante com coletivo Levante Popular da Juventude.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Campanha coleta assinaturas para lei que cria Fundo Nacional de Combate ao Racismo

Escrito por: Agência Brasil

A campanha pela captação de assinaturas para um projeto de lei de iniciativa popular que criará o Fundo Nacional de Combate ao Racismo (FNCR) foi lançada na noite desta quinta-feira (21) em Brasília. O fundo será uma forma de financiamento de ações de combate às desigualdades raciais. Os organizadores da campanha pretendem reunir mais de 1,4 milhão de assinaturas e a ideia é apresentá-las ao Congresso Nacional em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra.

terça-feira, 1 de julho de 2014

DEZ ANOS DE COTAS NA UNIVERSIDADE: O QUE MUDOU?

Por Igor Carvalho, na Revista Fórum- junho 2014

Em 1997, apenas 2,2% de pardos e 1,8% de negros, entre 18 e 24 anos cursavam ou tinham concluído um curso de graduação no Brasil. O baixo índice indicava que algo precisava ser feito. “Pessoas estavam impedidas de estudar em nosso país por sua cor de pele ou condição social. Se fazia necessário, na época, uma medida que pudesse abrir caminho para a inclusão de negros e pobres nas universidades”, lembra a pesquisadora e doutora em Educação da Universidade Federal Fluminense (UFF), Teresa Olinda Caminha Bezerra.

A solução encontrada para que se diminuísse o déficit histórico de presença de negros e pobres nas universidades brasileiras foi a adoção de ações afirmativas por meio de reservas de vagas, que ficaram conhecidas como cotas. Porém, por todo o país, houve resistências à sua implementação.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

A Copa é de todas as raças

A campanha Copa sem racismo da CNTE quer envolver os educadores brasileiros na discussão e na superação de todas as formas de preconceito dentro e fora de campo.  

O coletivo antirracismo Dalvani Lelis, da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, aprovou na última reunião do Conselho Nacional de Entidades, realizada em Brasília, no final de maio, a criação da campanha permanente "Racismo é crime", com a proposta de colocar em pauta o respeito à diversidade. A primeira ação é voltada para a Copa do Mundo. Com o tema "Copa sem racismo", a campanha quer sair da sala e aula e alcançar os estádios de futebol, ensinando que é preciso torcer junto, sem discriminação.