Já faz oito anos que a história e a cultura afro-brasileira se tornaram assunto obrigatório no currículo oficial da rede pública de ensino. E desde 2008 a abordagem da herança cultural dos povos indígenas também passou a ser obrigatória. Para avaliar como esses dois temas evoluíram no meio educacional, a CNTE realiza nesta quinta, dia 15, um seminário nacional em Brasília. Os participantes do evento farão um balanço do cumprimento das leis n° 10.639 e 11.645, que instituíram a obrigatoriedade das duas temáticas. Também vão analisar as perspectivas para o futuro. Na parte da manhã, acontecem duas mesas. Na primeira participam a Gerente de Monitoramento de Políticas Públicas da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Mônica Alves de Oliveira Gomes; o presidente da Fundação Palmares, Eloi Ferreira de Araujo; e a Técnica em Assuntos Educacionais da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação (Secadi-MEC), Barbara da Silva Rosa. Será o momento de discutir o tema sob o ponto de vista da elaboração de material didático, pesquisas e capacitação de docentes.Na segunda mesa o tema será discutido sob o ponto de vista dos trabalhadores da educação. Participam do debate a Secretária de Combate ao Racismo da CUT, Maria Julia Reis Nogueira; a diretoria executiva do Instituto Sindical Interamericano Pela Igualdade Racial (Inspir), Telma Aparecida Andrade Victor; e a vice-presidente da Internacional da Educação para a América Latina (IEAL), Fátima Aparecida da Silva, que é Secretária de Relações Institucionais da CNTE. Experiências desenvolvidas nas redes de ensino serão conhecidas após o almoço, quando os representantes dos sindicatos filiados à CNTE vão expor o trabalho desenvolvido com os docentes e demais trabalhadores de seus estados e municípios. Segundo o Secretário de Políticas Sociais da Confederação, Marco Antônio Soares, a partir das discussões serão elaboradas estratégias não só para melhorar o tratamento desses temas dentro da sala-de-aula, como também para reduzir as desigualdades de acesso à educação. "Sabemos que nos últimos anos os indicadores educacionais para os negros e indígenas melhoraram bastante. Mas ainda estão muito abaixo dos indicadores dos brancos", afirma Marco Antônio. (CNTE) Veja a programação do seminário em PDF.Fonte - CNTE |
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
Seminário discute o ensino da história negra e indígena nas escolas
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